A Alemanha forçou a empresa de fabricação de mísseis europeia MBDA a parar de exportar mísseis Meteor para a Arábia Saudita por causa da liderança do reino na Coalizão saudita-UAE no Iêmen.
A objeção da Alemanha à exportação deste tipo de mísseis para Riad foi recebida com a insatisfação de Paris e Londres, onde a empresa europeia especializada na fabricação de mísseis se baseia, uma vez que muitos países europeus estão igualmente envolvidos.
Este movimento levou movimentos políticos na Alemanha a exigir a imposição de medidas apertadas em programas conjuntos de fabricação de armas com a França, em termos de exportações.
Em 2014, Riad assinou um acordo com o lado europeu para comprar mísseis ar-ar Meteor, no valor de US$ 1 bilhão. A Arábia Saudita quer armar os jatos de combate Typhoon Europeus que comprará com esses mísseis.
O jornal La Tribune informou que a empresa europeia se recusou a comentar sobre a objeção de Berlim à exportação de armas para a Arábia Saudita. Este tipo de míssil tem sido usado em caças Typhoon desde dezembro passado. Foi projetado para destruir e neutralizar alvos aéreos localizados a longas distâncias.
O La Tribune destacou que o lado francês envolvido na fabricação do míssil Meteor procura produzir componentes alternativos aos componentes que a Alemanha fabrica no âmbito da cooperação militar entre seis países europeus. Berlim produz motores dos mísseis e seu material explosivo.
O jornal acrescentou que o míssil Meteor é destinado a armar as forças da Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia e França. A filial britânica da MBDA está supervisionando o projeto Meteor em cooperação com as subsidiárias da empresa nos países envolvidos. O míssil foi projetado para operar com o caça francês Rafale, o Eurofighter Typhoon e o sueco JAS 39 Gripen. O ex-comissário de armas da França, Laurent Collette Bellon, disse que sem os mísseis Meteor, seria difícil exportar aviões Rafale.
A revista alemã Der Spiegel informou em 21 de setembro que o embaixador alemão em Paris Nikolaus Meyer-Landrut havia enviado um telegrama aos funcionários em Berlim informando-os sobre os resultados de sua reunião com altos funcionários do Ministério da Defesa da França e do Secretariado Geral para Defesa e Segurança da França do Primeiro Ministro.
Na reunião, o lado francês pediu garantias de que os futuros produtos fabricados no âmbito da cooperação militar entre os dois países sejam exportados sem restrições; caso contrário, os programas de cooperação bilateral seriam inúteis. Por outro lado, a parte alemã vê que a posição rígida de Paris ameaça o desenvolvimento de tais programas.
A disputa franco-alemã a respeito de projetos de cooperação militar se repetiu na arena política alemã. O Partido Social-Democrata e os Verdes (Partido Verde) exigiram restrições rigorosas aos programas de produção de armas conjuntas com a França, sobre exportações.
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